quinta-feira, 29 de março de 2012
REINVENTANDO...
Não de trás pra frente como o saudoso Chico Anysio sugeriu, mas desse momento em diante...
Nada como o presente para que mudanças sejam feitas.
Hoje podemos reinventar algo que está há tempo e no tempo esquecido(a)...
Quem sabe voltar a lugares que gostamos muito de ir... mas faz tempo que não temos tempo para tais passeios... praças, parques, praia, casa de parentes, escolas que frequentamos, casa de amigos...
Tempo? Arranja-se ora essa! E não é difícil. Você sabe tão bem quanto eu que quando queremos algo, consegue-se!
Então, mãos à obra. Encontrar essa hora vaga, encontrar o motivo para visitar quem não se vê há anos, e o motivo é claro: saudades. Não minta que não sente saudades de coisas e pessoas que considera agora como "piegas".
Pequenos gestos podem ser reinventados ou redescobertos. Como o balançar numa rede! Ai como isso dá saudade da minha infância, como o cheiro da chuva na terra, cheiro de bolinhos de chuva, cheiro exalado pelas flores campestres...
Piegas, saudosista, pode chamar do que quiser, mas o que importa é o prazer que se tem quando reinventa o que já foi vivido, traz de volta o gosto doce do passado que se entrelaça com o presente e deixa a vida mais leve e colorida!
domingo, 25 de março de 2012
BOLSAS QUANTAS TER? COMO USA-LÁ? QUAL ESCOLHER?
A bolsa é praticamente a extensão do corpo de uma mulher. Com todo o simbolismo que ela carrega, leva também um pouquinho de tudo o que é seu: sua casa, sua família, seu trabalho sua vida amorosa e sua vaidade. Abrigo de segredos e intimidades, a bolsa reflete a personalidade de sua dona, desde o interior, com suas organizações peculiares, até seu exterior, que transmite um pouco daquilo que ela deseja aparentar.
A força da bolsa
Na moda a bolsa é símbolo de status. Basta uma boa marca para garantir à mulher certo destaque. Mas isso não acontece à toa. Faz parte do esforço das grandes corporações de moda criar um produto que atenda aos anseios de luxo, mas que, ainda assim, esteja ao alcance de grande parte do público consumidor, que nem sempre pode gastar em roupas caras. A bolsa é um investimento que compensa pela sua durabilidade e por sua facilidade de venda - não necessita grades de numeração, serve em qualquer um - e é facilmente visto e reconhecido. Portanto a divulgação da "bolsa da vez" é parte decisiva da estratégia das marcas (principalmente estrangeiras) na busca por visibilidade e prestígio.
Mesmo reconhecendo as estratégias da indústria do consumo, é difícil não cair de amores pelo último lançamento da Fendi ou da Prada. Não ficar sonhando em adquirir uma Chanel clássica, de matelassê, corrente e tudo o mais que temos - ou deveríamos ter! - direito. Não ficar namorando a última Dior que saiu do forno, linda, com uma cor maravilhosa, chiquérrima, de Paris.
Desafio: aliar estética e utilidade
Mesmo desejando ter uma bolsa nova a cada semana, que renove os de seu closet, a realidade da mulher contemporânea é bem outra e são poucas as que podem ter várias peças diferentes. E você há de convir que dá um trabalhão ficar trocando de bolsa todo dia, organizando tudo de novo dentro dos bolsinhos, decidindo de manhã bem cedo qual a bolsa que combina com aquela saia verde nova… É bem melhor usar esse tempo pra conversar com o marido ou ler um artigo sobre cultura no jornal, não é? Enfim, o cotidiano maluco da cidade não auxilia muito nosso ambicioso plano de estar sempre com um visual novo. Para isso é bom criar uma estratégia, que possa durar toda uma estação.
A bolsa nossa de cada dia
Pra dar conta dos compromissos, normalmente a mulher precisa de três a cinco bolsas por estação. Uma indefectível bolsa preta ou marrom, que vai combinar com tudo, com um tamanho de médio para grande, de couro, prática e de boa qualidade. É bom que ela não tenha muitos detalhes, pra não brigar com a roupa ou com o sapato. Deve ser uma peça elegante, mas clean. Nas últimas coleções vê-se bastante o couro natural e a forma baú, que são mais básicas para esse uso do dia-a-dia. Se o seu estilo for mais clássico, opte pelos modelos baú, de segurar na mão, de couro croco(dilo) ou outras texturas de répteis, com um pouco de brilho, que está na moda. Se o seu jeito for mais esportivo, as bolsas de couro natural são as mais indicadas.
As bolsas da estação
A segunda bolsa deve ser menor e mais fashion, mais estilosa. Nesta estação as bolsas com alça de corrente, estilo Chanel, estão em alta, assim como as bolsas de mão. Elas devem ser médias ou pequenas e podem ser de couro texturizado em cores - turqueza, rosa, pink, amarelo, roxos e violetas - ou preta. Para ocasiões um pouco mais especiais, para dar uma saída ou num dia mais espirituoso. As bolsonas metalizadas brilhantes podem ser rapidamente aposentadas.
A bolsa mais fashion é a carteira, mesmo para se usar de dia. Ela pode ser decorada, estampada, colorida, com pregas e detalhes. Não deve ser muito pequena, pode ser retangular e mais pesadona ou com formas diferentes, como a meia lua.
Além do couro, o tecido tem sido muito utilizado em bolsas. Isso é bom porque elas ficam mais levinhas. Nylon, algodão, linho, lona. Tecidos estampados e coloridos em bolsas estilo saco ou no estilo vovó. Laços, flores e apliques também fazem um estilo mais alternativo ou romântico.
A bolsa "de fim de semana"
Conforme suas necessidades ou possibilidades, dá para encaixar aqui nesta categoria, uma bolsa de final de semana, mais alegre e descontraída, que fuja daquele estilão "escritório" ou "mundo corporativo", para poder relaxar nos dias de descanso.
A mochila também pode ser uma opção para as mais jovens ou mais esportivas. Podem ser usadas no dia-a-dia de quem for menos formal, ou para o final de semana. Existem muitas variedades de mochila. Desde as bem esportivas, com apelo active wear até as mais fashionistas, estampadas e coloridas.
A bolsa "de sair"
Falta agora uma bolsa para sair, que seja chique e pequena, fashion ou divertida. As opções podem ser a carteira, novamente, que conta com muitas possibilidades e estilos. Da mais formal, forrada, com aplicações e bordados, às mais modernas com pregas e babados.
As microbolsas também são uma boa pedida. Bonitinhas e graciosas, têm aparecido em várias coleções há tempos, mas ainda não emplacaram, sendo uma opção ainda original. Podem ser estampadas, decoradas, com aplicações ou metais.
Ainda como uma solução para as festas, as bolsinhas estilo vintage são sempre adoráveis e você pode encontrá-las nas feirinhas ou brechós.
Para combinar
Hoje em dia já não se usa mais combinar bolsa, cinto e sapato da mesma cor, do mesmo material. Procure harmonizar as cores e os materiais, sem criar um conjunto. Exemplo: tons de marrom + bolsa colorida vermelha, turqueza com marinho e amarelo, tons de cáqui + marrom, preto + violeta e prata velha, etc.
Como está na moda bolsa estampada, tenha cuidado ao combinar as estampas de roupas e bolsas. Dê uma olhada na coluna que fala sobre estampas, lá você vai encontrar dicas de combinação.
Algumas boas idéias
Quando trocar de bolsa dê uma boa limpada na parte de dentro, esvazie bolsos e areje seu interior. Mantenha suas bolsas limpas e guardadas em lugar fresco, dentro de saquinhos de tecido. Nunca mantenha bolsas ou sapatos de couro em lugares úmidos, pois eles criam fungos e mancham. Couro também não gosta de água, evite tomar chuva ou limpar com pano molhado.
Mantenha em seu armário uma prateleira para as coisas da bolsa. Use, como divisórias, tampas de caixas viradas, forradas, ou cestinhos para separar os objetos. Assim, quando você quiser trocar de bolsa tira tudo e coloca nessa prateleira, pegando somente o necessário, ganhando assim, agilidade nas trocas.
Fonte:oficina da moda
[FILMES] JOGOS VOZARES
Sinopse e detalhes: num futuro distante, boa parte da população é controlada por um regime totalitário, que relembra esse domínio realizando um evento anual - e mortal - entre os 12 distritos sob sua tutela. Para salvar sua irmã caçula, a jovem Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) se oferece como voluntária para representar seu distrito na competição e acaba contando , com a companhia de Peeta Melark (Josh Hutcherson), desafiando não só o sistema dominante, mas também a força dos outros oponentes.
TRAILER:
CASACOS DE INVERNO
quarta-feira, 21 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
PRÉ-CONCEITOS = NENHUM
Então, quem não se adapta a essas mudanças, fica crítico de si mesmo.
Porque com tanta evolução, quem não admite que outro seja diferente, que cada um tem seus limites, suas preferências, não cresceu como gente. Está num nível apenas de conhecimentos vagos, que nada dizem à maioria.
Quem aceitou tudo isso, sabe que o mundo é mais do que sabemos e conhecemos.
A vida é presente e como presente não se desdém a de ninguém.
As contas? Ah, essas prestamos diretamente com Deus!
segunda-feira, 5 de março de 2012
REFORMA ORTOGRÁFICA
Cronologia das Reformas Ortográficas na Língua Portuguesa Séc XVI até ao séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita praticada era de caráter etimológico (procurava-se a raiz latina ou grega para escrever as palavras).1907 - A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas suas publicações. 1910 - Implantação da República em Portugal – foi nomeada uma Comissão para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme, para ser usada nas publicações oficiais e no ensino. 1911 - Primeira Reforma Ortográfica – tentativa de uniformizar e simplificar a escrita de algumas formas gráficas, mas que não foi extensiva ao Brasil. 1915 - A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a ortografia com a portuguesa. 1919 - A Academia Brasileira de Letras revoga a sua resolução de 1915. 1924 - A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a procurar uma grafia comum. 1929 - A Academia Brasileira de Letras lança um novo sistema gráfico. 1931 - Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visava suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua portuguesa, contudo não foi posto em prática. 1938 - Foram sanadas as dúvidas quanto à acentuação de palavras. 1943 - Foi redigido, na primeira Convenção ortográfica entre Brasil e Portugal, o Formulário Ortográfico de 1943. 1945 - O acordo ortográfico tornou-se lei em Portugal, mas no Brasil não foi ratificado pelo Governo. Os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia anterior, do Vocabulário de 1943. 1971 - Foram promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal. 1973 - Foram promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil. 1975 - A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não foi aprovado oficialmente. 1986 - O presidente brasileiro José Sarney promoveu um encontro dos sete países de língua portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe - no Rio de Janeiro. Foi apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 1990 - A Academia das Ciências de Lisboa convocou novo encontro juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – as duas academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor (de acordo com o 3º artigo do mesmo) no dia 1º de Janeiro de 1994, após depositados todos os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo português. 1996 - O último acordo foi apenas ratificado por Portugal, Brasil e Cabo Verde. 2004 - Os ministros da Educação da CPLP reuniram-se em Fortaleza (Brasil), para propor a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, mesmo sem a ratificação de todos os membros. |
1 - ACENTO AGUDO |
idéia -> ideia | geléia -> geleia | bóia -> boia | jibóia -> jiboia |
papéis | chapéus | troféu |
baiúca -> baiuca |
bocaiúva -> bocaiuva |
feiúra -> feiura |
cheiínho -> cheiinho |
saiínha -> saiinha |
Taoísmo -> Taoismo |
seguidos de s), o acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, Piauí.
argúis -> arguis |
argúem -> arguem |
redargúis -> redarguis |
redargúem -> redarguem |
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4 - TREMA |
cinqüenta-> cinquenta | pingüim -> pinguim |
5 - ALFABETO |
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z |
O hífen deixará de ser empregado nos seguintes casos: a) Quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal que iniciar o segundo elemento. Exemplos:
Mais exemplos: agroindustrial, autoafirmação, autoaprendizagem, autoestrada, autoimagem, contraindicação, contraoferta, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiárido, semiautomático, supraocular, ultraelevado, etc. b) Quando o prefixo da palavra terminar em vogal e o segundo elemento começar com as consoantes sou r. Nesse caso, a consoante será duplicada. Exemplos:
Mais exemplos: antessala, antirreligioso, antissemita, autorretrato, antissocial, arquirromântico, autorregulamentação, contrarregra, contrassenso, extrarregimento, extrasseco, infrassom, neorrealismo, ultrarresistente, ultrassonografia, semirreta, suprarrenal. c) Não se utilizará mais o hífen nas palavras que, pelo uso, perderam a noção de composição. Veja:
Mais exemplos: mandachuva, paraquedista. Uso do Hífen Com o novo acordo, o hífen passará a ser utilizado quando a palavra for formada por um prefixo terminado em vogal e a palavra seguinte iniciar pela mesma vogal. Observe o exemplo abaixo:
Mais exemplos: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, contra-ataque, micro-ondas, semi-interno, etc. Atenção: se o prefixo terminar com consoante, usa-se hífen se o segundo elemento começar com amesma consoante. Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, super-resistente, super-romântico, etc. Lembre-se: nos demais casos, não se usa o hífen.Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. Dúvidas? As dúvidas que porventura surgirem acerca da nova ortografia podem ser resolvidas por meio do novo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), cuja elaboração compete à Academia Brasileira de Letras. |
REDAÇÃO...


Redação
Dominar a arte da escrita é um trabalho que exige prática e dedicação. Não existem fórmulas mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de bons autores, e a reflexão são indispensáveis para a criação de bons textos. Nesta seção, serão apontadas algumas características que você deverá observar na produção de seus textos. Desejamos que as dicas apresentadas sejam bastante úteis a você.
Ler, escrever e pensar |
Saber escrever pressupõe, antes de mais nada, saber ler e pensar. O pensamento é expresso por palavras, que são registradas na escrita, que por sua vez é interpretada pela leitura. Como essas atividades estão intimamente relacionadas, podemos concluir que quem não pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou escreve mal).
Ler, portanto, é fundamental para escrever. Mas não basta ler, é preciso entender o que se lê. Entender significa ir além do simples significado das palavras que aparecem no texto. É preciso, também, compreender o sentido das frases, para que se alcance uma das finalidades da leitura: a compreensão de ideias e, num segundo momento, os recursos utilizados pelo autor na elaboração do texto.
Apesar do grande poder dos meios eletrônicos, a leitura é ainda uma das formas mais ricas de informação, pois grande parte do conhecimento nos é apresentado sob forma de linguagem escrita.
Lembre-se: estar bem informado é uma das normas mais importantes para quem quer escrever bem.
A Redação no Vestibular |
Em vestibulares e concursos, a prova de Redação é um grande fator de eliminação. Através dela, as instituições têm um indicador mais concreto da formação do aluno, diferentemente das questões de múltipla escolha. Geralmente, exige-se que o candidato produza um texto dissertativo. Em menor proporção, podem ser solicitados ainda textos narrativos ou descritivos. Conheça as características de cada um desses textos:
1 - DISSERTAÇÃO: dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que se expõem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação, você deve revelar sua opinião a respeito do assunto.
2 - DESCRIÇÃO: texto em que se indicam as características de um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição, você deve responder à pergunta: Como a coisa (lugar / pessoa) é? É importante tentar usar os mais variados sentidos: fale do aroma, dos cheiros, das cores, das sensações, de tudo que envolve a realidade a ser descrita.
3 - NARRAÇÃO: texto em que se contam fatos ocorridos em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Lembre-se: você deve “narrar a ação”, respondendo à pergunta: O que aconteceu?
Dissertação - Estrutura
1ª parte: Introdução
No primeiro parágrafo, o autor apresenta o tema que será abordado.
Dica: anuncie claramente o tema sobre o qual você escreverá e as delimitações propostas.
2ª parte: Desenvolvimento
Nos parágrafos subsequentes (geralmente dois), o autor apresenta uma série de argumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor.
Dica: argumente, discuta, exponha suas ideias, prove o que você pensa.
3ª parte: Conclusão
No último parágrafo, o autor "amarra" as ideias e procura transmitir uma mensagem ao leitor.
Dica: conclua de maneira clara, simples, coerente, confirmando o que foi exposto no desenvolvimento.
Atenção:
A dissertação deve obedecer à extensão mínima indicada na proposta, a qual costuma ser de 25 a 30 linhas, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redação, sem rasuras e com letra legível. Utilize caneta; lápis, apenas no rascunho.
Planejando a Dissertação I |
Quando você deseja ir a algum lugar ao qual nunca foi, você costuma, mesmo que mentalmente, elaborar um roteiro. Afinal de contas, você sabe que, caso não se planeje, correrá o risco de ficar rodando à toa e não chegar ao destino, e, se chegar, terá perdido mais tempo que o previsto.
Ao elaborarmos uma redação, não é diferente: se não tivermos um plano ou um roteiro previamente preparados, corremos o risco de ficar dando voltas em torno do tema, não chegando a lugar nenhum. Por isso, antes de escrever sua redação, é preciso planejá-la bem, procurando elaborar um esquema. Mas cuidado, não confunda esquema com rascunho! Esquema é um guia que estabelecemos para ser seguido, no qual colocamos em frases sucintas (ou mesmo palavras) o roteiro para a elaboração do texto. No rascunho, por outro lado, damos forma à redação, pois nele as ideias colocadas no esquema passam a ser redigidas, tomando a forma de frases que aos poucos se transformam em um texto coerente.
O primeiro passo para a elaboração do esquema é ter entendido o tema, pois de nada adiantará um ótimo esquema se ele não estiver adequado ao tema proposto. Em seguida, você poderá dividir seu esquema nas três partes básicas - introdução, desenvolvimento e conclusão. Na Introdução, é necessário informar a tese que você irá defender. No Desenvolvimento, escreva palavras capazes de resumir os argumentos que você apresentará para sustentar sua tese. Na Conclusão, escreva palavras que representem sua ideia final.
Atenção: quando você estiver fazendo o esquema do desenvolvimento, surgirão inúmeras ideias. Registre-as todas, mesmo que mais tarde você não venha a utilizá-las. Essas ideias normalmente vêm sem ordem alguma; por isso, mais tarde, é preciso ordená-las, selecionando as melhores e colocando-as em ordem de importância. Esse processo é conhecido como hierarquização das ideias.
Veja a seguir, um exemplo de esquema com as ideias já hierarquizadas:
Tema: Pena de morte: você é contra ou a favor? |
Introdução:
contra - não resolve
Desenvolvimento:
1º parágrafo: direito à vida - religião
2º parágrafo: outros países - Estados Unidos
Conclusão:
ineficaz; solução: erradicação da miséria
Feito o esquema, é só segui-lo passo a passo, transformando as palavras em frases, dando forma à sua redação.
Planejando a Dissertação II |
Veja a seguir outro tipo de roteiro. Siga os passos:
1) Interrogue o tema;
2) Responda-o de acordo com a sua opinião;
3) Apresente um argumento básico;
4) Apresente argumentos auxiliares;
5) Apresente um fato-exemplo;
6) Conclua.
Vamos supor que o tema de redação proposto seja: Nenhum homem vive sozinho. Tente seguir o roteiro:
1. Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem vive sozinho?
2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu ponto de vista.
3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.
4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão os argumentos auxiliares.
5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo geralmente dá força e clareza à argumentação. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferenciando-o dos demais.
6. A partir desses elementos, você terá o rascunho de sua redação.
Dicas para fazer uma boa redação |
Atualmente, a prova de redação é um diferencial importante na classificação em concursos. Para garantir um bom resultado em seus textos, não deixe de ler as dicas que selecionamos.
SIMPLICIDADE
Use palavras conhecidas e adequadas. Para ter um bom domínio do texto, prefira frases curtas. Cuidado para não mudar de assunto de repente. Conduza o leitor de maneira leve pela linha de argumentação.
CLAREZA
O segredo está em não deixar nada subentendido, nem imaginar que o leitor sabe o que você quer dizer. Evidencie todo o conteúdo da sua escrita. Lembre-se: você está comunicando a sua opinião, falando de suas ideias, narrando um fato. O mais importante é fazer-se entender.
OBJETIVIDADE
Você tem que expressar o máximo de conteúdo com o menor número de palavras possíveis. Por isso, não repita ideias, não use palavras em excesso buscando aumentar o número de linhas. Concentre-se no que é realmente necessário para o texto.
UNIDADE
Não esqueça, o texto deve ter unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessário é um dos caminhos para não se perder.
COERÊNCIA
A coerência entre todas as partes do texto é fator primordial para a boa escrita. É necessário que as partes formem um todo. Estabeleça uma ordem para que as ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as consequências.
ORDEM
Obedecer uma ordem cronológica é uma maneira de acertar sempre, apesar de não ser criativa. Nesta linha, parta do geral para o particular, do objetivo para o subjetivo, do concreto para o abstrato. Use figuras de linguagem para que o texto fique interessante. As metáforas também enriquecem a redação.
ÊNFASE
Procure chamar a atenção para o assunto com palavras fortes, cheias de significado, principalmente no início da narrativa. Use o mesmo recurso para destacar trechos importantes. Uma boa conclusão é essencial para mostrar a importância do assunto escolhido. Remeter o leitor à ideia inicial é uma boa maneira de fechar o texto.
LEIA E RELEIA
Lembre-se, é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. A pressa pode atrapalhar. Com calma, verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideias. À medida que você relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito. Refaça, se for preciso.
Redação de Sucesso - Os Dez Mandamentos |
1) Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto (conciso) na construção das sentenças.
2) Use a voz ativa, evite a passiva. Evite termos estrangeiros e jargões.
3) Evite o uso excessivo de advérbios. Tome cuidado com a gramática.
4) Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma conversa. O uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...
5) Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira frases curtas.Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo. Adjetivos que não informam também são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão (Toda mansão é luxuosa!).
6) Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de ouro", “silêncio mortal", "calorosos aplausos".
7) Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: "Fazem alguns anos que não viajo". O certo é “Faz alguns anos que não viajo”.
8) Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". A forma correta é “Há cinco anos...”
9) A leitura intensiva facilita o uso da vírgula corretamente. Leia muito, leia sempre!
10) Nas citações: use aspas, coloque vírgula e um verbo seguido do nome de quem disse ou escreveu o que está sendo citado. Exemplo: “O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.”, disse Samuel Johnson.
Avaliação da Redação - Os Cinco Pecados Capitais |
Veja os equívocos apontados por organizadores de concursos e vestibulares como os mais cometidos pelos candidatos.
1) Ordenação das ideias
A falta de ordenação é um erro comum e indica, segundo os organizadores de vestibulares, que o candidato não tem o hábito de escrever. O texto fica sem encadeamento e, às vezes, incompreensível, partindo de uma ideia para outra sem critério, sem ligação.
2) Coerência e coesão
Em muitas redações, fica evidente a falta de coerência: o candidato apresenta um argumento para contradizê-lo mais adiante. Já a redundância denuncia outro erro bastante comum: falta de coesão. O candidato fica dando voltas num assunto, sem acrescentar dado novo. É típico de quem não tem informação suficiente para compor o texto.
3) Inadequação
A inadequação é um tipo de erro capaz de aparecer inclusive em redações corretas na gramática e ortografia e coerentes na estrutura. Nesse caso, os candidatos costumam fugir ao tema proposto, escolhendo outro argumento, com o qual tenham maior afinidade. O distanciamento do assunto pode custar pontos importantes na avaliação.
4) Estrutura dos parágrafos
Muitos dos candidatos têm demonstrado dificuldade em separar o texto em parágrafos. Sem a definição de uma ideia em cada parágrafo, a redação fica mal-estruturada. Um erro muito comum, nesse caso, é cortar a ideia em um parágrafo para concluí-la no seguinte. Ou, então, deixar o pensamento sem conclusão.
5) Estrutura das frases
Erros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separando sujeito de predicado, utilização incorreta de verbos no gerúndio e particípio são algumas das falhas mais comuns nas redações. Esses erros comprometem a estrutura das frases e prejudicam a compreensão do texto.