Longe de ser uma menina ingênua e sonhadora, continuo apreciando a literatura romântica até hoje. Meu gosto por romances vai além das histórias de mocinhos, mocinhas, vilões, paixões, encontros e desencontros — clichês que, apesar de previsíveis, ainda encantam. O que mais me atrai é o mistério que envolve cada trama, o suspense velado que permeia os sentimentos.
Como na vida real, sempre paira a dúvida: será que esse romance vai dar certo? Relacionamentos não são simples — viver a dois exige coragem, paciência e entrega. Convivência diária é um desafio constante, e ninguém está verdadeiramente preparado para as surpresas que o cotidiano reserva. 

A cada dia surgem novas situações, obstáculos, decisões. Há muito em jogo, seja no namoro ou, principalmente, no casamento. Ser bem-sucedido numa relação que não é uma batalha significa compreender, de fato, o sentido do amor.
Talvez seja por isso que os romances literários tenham tanto a nos oferecer. Eles partem de um encontro — ou reencontro — e, a partir disso, tudo se torna possível. Essa possibilidade de recomeço é o que mais me fascina. Gosto de permitir que a imaginação viaje, desde que meus pés permaneçam firmes no chão. Saber que posso sonhar e, ainda, ter um porto seguro ao qual retornar — isso, para mim, é viver.

O amor, muitas vezes descrito como uma chama, para mim é algo mais concreto. É real, denso, palpável. É ter alguém com quem dividir o pouco ou o muito que se tem, é poder ser quem realmente se é e, mesmo assim, permanecer ao lado um do outro. Amar é acertar e errar, é ter medo, mas também sentir segurança. É acreditar, apesar das incertezas. É muito mais do que palavras podem expressar — e quem ama, sabe.

Assim como na maternidade: só uma mãe entende esse amor visceral, esse elo invisível que liga o filho ao seu coração. O cordão umbilical pode ser cortado fisicamente, mas o vínculo permanece para sempre.