Nada como olhar para si com outros olhos, ou seja, um olhar diferente, mais introspectivo — enxergar-se como um esboço em constante transformação. Afinal, ser humano é estar em construção, dia após dia, ao longo dos anos. Somos moldados pelas nossas ações, palavras e pensamentos, e cada escolha contribui para o que nos tornamos.

Deus, nosso Criador, em sua infinita sabedoria e amor, nos oferece diariamente a chance de recomeçar, ajustar traços, aperfeiçoar gestos, lapidar o caráter. Ele nos acompanha pacientemente nesse processo, até que, um dia, possamos ser vistos por Ele como uma obra concluída — inteira em essência, digna em propósito.

— Eliane Kilian da Silva

Longe de ser uma menina ingênua e sonhadora, continuo apreciando a literatura romântica até hoje. Meu gosto por romances vai além das histórias de mocinhos, mocinhas, vilões, paixões, encontros e desencontros — clichês que, apesar de previsíveis, ainda encantam. O que mais me atrai é o mistério que envolve cada trama, o suspense velado que permeia os sentimentos.
Como na vida real, sempre paira a dúvida: será que esse romance vai dar certo? Relacionamentos não são simples — viver a dois exige coragem, paciência e entrega. Convivência diária é um desafio constante, e ninguém está verdadeiramente preparado para as surpresas que o cotidiano reserva. 

A cada dia surgem novas situações, obstáculos, decisões. Há muito em jogo, seja no namoro ou, principalmente, no casamento. Ser bem-sucedido numa relação que não é uma batalha significa compreender, de fato, o sentido do amor.
Talvez seja por isso que os romances literários tenham tanto a nos oferecer. Eles partem de um encontro — ou reencontro — e, a partir disso, tudo se torna possível. Essa possibilidade de recomeço é o que mais me fascina. Gosto de permitir que a imaginação viaje, desde que meus pés permaneçam firmes no chão. Saber que posso sonhar e, ainda, ter um porto seguro ao qual retornar — isso, para mim, é viver.

O amor, muitas vezes descrito como uma chama, para mim é algo mais concreto. É real, denso, palpável. É ter alguém com quem dividir o pouco ou o muito que se tem, é poder ser quem realmente se é e, mesmo assim, permanecer ao lado um do outro. Amar é acertar e errar, é ter medo, mas também sentir segurança. É acreditar, apesar das incertezas. É muito mais do que palavras podem expressar — e quem ama, sabe.

Assim como na maternidade: só uma mãe entende esse amor visceral, esse elo invisível que liga o filho ao seu coração. O cordão umbilical pode ser cortado fisicamente, mas o vínculo permanece para sempre.

Receita de Pão de ló sem fermento ou Bolo de água quente e de Creme Belga

Pão de ló sem fermento ou Bolo de água quente

Ingredientes:

04 ovos

01 xícara e meia (chá) de farinha peineirada

01 xícara e 1/4 (chá) de açúcar

12 colheres de sopa de água fervendo

Essência de baunilha (opcional)

Modo de preparo:

Bater muito bem as claras até o ponto de neve, juntar as gemas sempre batendo muito, pode ser à mão ou na batedeira. 

Acrescentar o açúcar, seguir batendo, colocar as 12 c.s. de água bem fervendo e bater muito, depois retirar da batedeira ou parar de bater à mão, acrescentar de quiser umas gotas de baunilha (opcional) e depois apenas misturar a farinha peineirada, aos poucos, até ficar bem misturada e formar uma massa lisinha. 

Colocar numa forma redonda com um furo no meio, bem untada e levar para assar em forno a 180º por mais ou menos 30 a 40 minutos. 

Creme Belga

Ingredientes:

300 ml de leite

07 colheres de sopa de amido de milho (peineirado)

03 gemas (peineiradas)

01 cx leite condensado

01 cx creme de leite

04 colheres de sopa de essência de baunilha

Modo de preparo:

Numa panela com o fogo desligado despeje 300 ml de leite, misture bem 07 colhares de sopa de amido de milho peineirado, acrescente 03 gemas passadas na peineira, junte 01 caixa de leite condensado e 01 caixa de creme de leite, miture tudo muito bem com uma espátula de silicone (de preferência) e leve ao fogo, sempre mexendo até começar a ferver, abaixe o fogo e mexa muito bem até quando despejar colheradas do creme e ele formar montinhos. 

Desligue o fogo e siga mexendo o creme até ele ficar bem lisinho, então coloque 04 colheres de sopa de essência de baunilha e misture bem. Depois despeje o creme num pote e tampe com um plástico e leve à geladeira, quando estiver gelado pode retirar e estará pronto pra usar como recheio.

 

Moça bonita

Moça bonita, jovem, prendada e faceira,
No brilho do olhar guardava um jardim de promessas.
Os dias correram como riachos apressados,
E os sonhos, folhas levadas pela correnteza do tempo,
Sumiram entre as pedras do caminho.

Ainda resta, porém, no coração,
O perfume suave de um riso antigo,
A dança lenta das lembranças ao vento.
Sob a copa da saudade, ela colhe esperanças:
Uma carta amarrotada, um verso esquecido,
O eco de uma canção de ninar.

Em cada linha do rosto, histórias se desenham:
O tremor primeiro ao ver o nascer do sol,
O calor da amizade que floresceu em tarde de verão,
O abraço apertado que curou uma dor profunda.
Ela é quem resiste, quem sorri mesmo na ausência,
Quem reinventou o lar dentro de si mesma.

E, ao fim do dia, quando as estrelas surgem vigilantes,
Moça bonita, jovem, prendada e faceira,
Ergue os braços ao céu e agradece ao tempo:
Pelos sonhos que vieram e pelos que ficaram,
Pelo amor que voou e pelo que aprendeu a ficar.

Eliane Kilian da Silva